PEQUENOS SIM, MAS, INDEPENDENTES - Cristiane Marangon
"É comum o adulto revelar a superproteção quando diz que precisa acompanhar o filho até a classe para que ele não chore", conta Isabella Sá, consultora do Espaço de Educação Infantil Os Batutinhas, no Rio de Janeiro. De forma geral, os estudantes que sofrem ao se despedir do responsável são introvertidos e resistentes a novas experiências. Quando recebem um comando de ação, ir ao parque, por exemplo, ficam estáticos.O segredo é conquistar a confiança das crianças.
O homem é a única espécie animal que tem grande dependência do outro nos primeiros anos de vida. Portanto, é natural que o bebê seja cercado de cuidados. Gradualmente, a criança se torna capaz de assumir tarefas e assim desenvolve sua autonomia. Isso acontece conforme é estimulada pelas pessoas que estão ao redor dela.
Vários desafios vão surgir e serão produtivos na busca pela independência da meninada. Quando você pedir aos alunos para realizar tarefas que ainda não fazem parte do seu dia-a-dia — como abotoar roupas ou amarrar sapatos —, acompanhe de perto a execução e os incentive, mas nunca faça nada por eles. As atividades que proporcionam a interação com os colegas também são ricas oportunidades de crescimento. E não se esqueça dos elogios, que são valiosos. Diga: "Que bom! Você fez isso sozinho!"
O caminho para a autonomia:
Incentive o aluno a executar tarefas que tem capacidade de realizar sozinho.
Parabenize-o a cada iniciativa de sucesso.
As fases do desenvolvimento infantil:
Para que você perceba se a criança é dependente ou não é importante conhecer o que, teoricamente, ela teria condições de executar com autonomia. Isso pode variar de acordo com a cultura de cada local.
0 a 2 anos O ser humano nasce totalmente dependente do outro, que se responsabiliza pela sua sobrevivência física e também pelo processo de humanização, que inclui a fala, o ato de andar e a vida em sociedade. Esse adulto deve também decifrar seus desejos por meio do choro, das caretas e dos sorrisos.
2 a 3 anos Com essa idade, a criança utiliza a linguagem para expressar o que sente: fome, sede, frio e sono. No campo afetivo, passa a se relacionar com outras pessoas que não aquelas que cuidam dela. Já é capaz, por exemplo, de trocar objetos com o amigo e não mais tomá-los à força, de sentar-se à mesa durante o lanche e de se alimentar sozinho.
3 a 4 anos Nessa fase, a criança testa seu poder com birra, graça e pedidos — e descobre qual a melhor forma de ter seus desejos atendidos. Mas pode cumprir as regras de convivência construídas coletivamente e realizar tarefas como carregar a própria mochila e tirar dela o material. Pode ainda usar o banheiro com a supervisão de um adulto.
4 a 5 anos Manuseia seus objetos pessoais e, se não estiver apta por qualquer problema motor, solicita ajuda. Também tem condições de escolher com o que vai brincar. Troca de roupas, participa de tarefas coletivas e ajuda o professor.
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