segunda-feira, 25 de novembro de 2013

BRINCADEIRAS DIVERTIDAS PODEM ESTIMULAR A COORDENAÇÃO E O APRENDIZADO

Promover brincadeiras saudáveis e divertidas é uma ótima maneira de aproveitar o tempo livre com os seus filhos, principalmente aquelas em que os pequenos irão movimentar bastante o corpo, desenvolver habilidades motoras e cognitivas. “Antigamente, a verdadeira essência da infância estava nas brincadeiras de rua, ou no quintal de casa. A diversão era juntar os amigos, sem perceber a hora passar. Brincar de pular amarelinha, pular corda, a dança das cadeiras, queimada, entre outras, foram responsáveis por boas risadas”, lembra o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses”. 

Através das brincadeiras, a criança é estimulada a desenvolver o equilíbrio, a coordenação neuromotora e rítmica, o raciocínio lógico e ainda a sociabilidade e a competitividade saudável. “Além de estimular seu filho, esta será uma oportunidade para dividir boas risadas e curtir bons momentos, e ainda uma maneira de fortalecer os laços familiares. E tudo isso são coisas extremamente saudáveis, para os pais e para as crianças”, indica.
Amarelinha

Para montar a amarelinha, pegue um giz e faça no chão vários quadradinhos, que deverão ser intercalados com um e dois espaços, começando no número um e terminando no 10. Lembre-se de pintar o céu e o inferno, onde a criança não deve pisar. Com uma pedrinha, basta jogar nos números e pegá-la no caminho. 

Vantagens: além de fazer movimentos mesclados com um e dois pés no chão, a criança tem a possibilidade de se familiarizar com os numerais. 
Pique esconde

Outra brincadeira muito famosa, o pique-esconde é divertido e pode envolver várias idades. Escolha um membro para fazer a contagem, que pode ir de 1 a 10 ou de 1 a 100, dependendo do número de participantes. Enquanto isso, os demais se escondem. Ao fim da contagem, o escolhido passa a procurar os amigos em todos os esconderijos possíveis. O primeiro a ser achado será o próximo a procurar.
Vantagens: estimula a noção de estratégia, de trabalho em equipe e até o controle da ansiedade para ser encontrado ou encontrar os escondidos.
Dança das cadeiras 

Reúna as crianças e coloque uma cadeira a menos que o total de participantes. Coloque-as em circulos, uma de costas para a outra, e ligue a música. Quando parar o som, todos devem sentar rapidamente, aquele que ficou sem um lugar sai. A brincadeira progride até que dois participantes disputem a última cadeira.
Vantagens: atenção e agilidade são requisitos básicos para a brincadeira. A atividade também ensina a lidar com a frustração, já que quem fica sem cadeira está fora do jogo.
Detetive
Essa brincadeira é ótima para crianças um pouco maiores e depende apenas de uma folha de papel e lápis. Conte quantos participantes estarão no jogo e faça papeizinhos para cada um deles: a maior parte deverá ter escrito "vítima", enquanto um receberá a palavra "policial" e o último, "ladrão". Feche os papéis, promova um sorteio e garanta que ninguém conte qual será seu personagem nesta rodada. Cabe ao "ladrão" desvendar quem são as vítimas, que estarão fora do jogo assim que ele piscar para elas. O "policial", por sua vez, deve perceber quem é o "ladrão" e dar voz de prisão antes que todas as vítimas tenham deixado a partida.
Vantagens: esse jogo depende de concentração e, por isso, pede silêncio e muita observação das crianças. Além disso, ele também estimula a analisar as ações do outro e criar estrategias a partir disso. 
Loucos por games

Ficou com saudade da sua época de criança? Pois é, a chamada velha infância pode atrair e muito os pequenos para um dia superdiferente. Se mesmo depois de diversas tentativas, contudo, seu filho ainda se mostrar mais inclinado aos games de tablets e videogames, o conselho do pediatra é dar preferência para aqueles com sensores de movimento, que deixam o corpo em atividade e permitem maior interação.
Naiara Taborda

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

LEIA PARA UMA CRIANÇA!


Queremos você lendo para uma criança.
Conte com a nossa ajuda. Peça gratuitamente a sua Coleção Itaú de Livros Infantis.
Este ano, chegarão à sua casa dois títulos escolhidos com muito cuidado e carinho pela Fundação Itaú Social para você.
Maiores informações em:  https://www.itau.com.br/itaucrianca/

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

VOCÊ LÊ PARA O SEU FILHO?




Oi, leitores! Se você respondeu "sim" ao título do post, parabéns! Se respondeu "não", ainda está em tempo de entender o quanto isso é importante. Eu explico! Uma pesquisa feita pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, concluiu que crianças que vivem em um ambiente com mais livros possuem o córtex cerebral mais fino, o que está relacionado com maior inteligência na vida adulta. Outros estudos mostram que 70% de todo o vocabulário que uma criança terá aos 7 anos é construído nos três primeiros anos de vida! Ou seja, além de ser uma delícia, ler para nossos pequenos faz bem para eles!
O tema dos livros não importa. Claro, você não vai ler sobre leis da física esperando despertar curiosidade na criança. Há vários livros infantis escritos com essa função. Basta você conhecer o gosto de seu filho e pronto! Uma boa estória vai render momentos de paz e de intimidade. Aliás, isso é o que mais faz falta pras crianças de hoje, na minha opinião. Os pais saem de casa cedo, voltam tarde e perdem o momento do banho, de colocar na cama pra dormir. Com isso, perdem a intimidade, tão importante na construção do vínculo.
Sei que muita gente não tem tempo. Outros não tem dinheiro para comprar livros. Nada disso é desculpa. Sobre o tempo, basta abrir mão de algo no fim de semana e dedicar alguns minutos para seu filho. Sobre o dinheiro, algumas empresas  doam livros e mandam os exemplares pelo Correio na sua casa. Além disso, existem bibliotecas espalhadas pelo Brasil. Ou seja, você pode mostrar um livro novo por dia para seu filho e, assim, despertar nele a vontade de ler mais e mais ao longo da vida.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

OUTUBRO ROSA


A saúde feminina é uma das questões mais discutidas da atualidade, em todos os seus aspectos. Quando o assunto é câncer, uma doença grave e a princípio, silenciosa, é fundamental que a mulher conheça não só o seu corpo para identificar rapidamente quando algo não está bem. O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente entre as mulheres, correspondendo a 22% de todos os cânceres femininos.
O  movimento internacional  “Outubro Rosa” é conhecido por sua mobilização na luta contra o câncer de mamaO objetivo é conscientizar, principalmente as mulheres, sobre a importância do diagnóstico precoce. “Uma em cada quatro mulheres diagnosticadas com câncer de mama morrem, ou seja, 25%. Por isso a importância do diagnóstico precoce. Somente assim conseguiremos diminuir o número de mortes decorrentes da doença”, diz Michelle Miya, mastologista, ginecologista e coordenadora científica do Instituto Se Toque. A principal recomendação médica é realizar o autoexame mensalmente, no período de seis a dez dias após o fim da menstruação quando as mamas estão menos sensíveis. Para as mulheres que não menstruam mais, ele deve ser feito mensalmente e em qualquer dia do mês.  "Cerca de 52.000 casos são diagnosticados por ano, isso significa um caso a cada 10 minutos no Brasil", destaca a mastologista.
Os sintomas mais comuns da doença são inchaço e aparecimento de nodulações no seio, presença de nodulações embaixo do braço, saída de sangue pelo bico do seio e alteração da pele, ferida ou retração do mamilo. Michelle ressalta que mesmo sem nenhuma dessas alterações a mamografia anual é indicada a partir dos 40 anos de idade para o diagnóstico precoce de uma possível doença. “O diagnóstico é feito por biópsia após o achado de alterações na mamografia ou ultrassom complementar ou exame clínico das mamas”, frisa a médica.
Caso haja a confirmação do tumor, o médico irá recomendar qual o tratamento mais indicado: "pode ser realizado por meio de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia. E em alguns casos, a paciente realiza os quatro tratamentos”, explica a mastologista.
A retirada da mama, no entanto, só ocorre quando o nódulo apresenta medida superior a três centímetros. Nesse caso, a reconstrução da mama é garantida por lei e realizada por um cirurgião plástico apartir do tecido da barriga ou das costas da mulher ou por prótese de silicone, sendo assim, a vaidade e autoestima feminina continuam preservadas, deixando a paciente em um estado psicológico favorável a eficácia do tratamento. Segundo o Instituto Nacional do Câncer, a sobrevida relativa esperada para todos os tipos de cânceres é de mais de 50%, e a porcentagem de mulheres curadas através dos tratamentos é superior a 85%. 
Redação DaquiDali

terça-feira, 11 de junho de 2013

A IMPORTÂNCIA DAS VACINAS


Sabe aquele irmão mais velho que não deixava ninguém chegar perto de você para tentar te machucar? Muitos não tiveram uma figura na família que o defendesse com unha e dentes, mas todos têm um “amigo do peito” chamado vacina.
A vacina é muito mais que um simples parceiro. Ela é amiga pra toda hora, pois oferece imunização, protegendo crianças, adultos e idosos contra diversas doenças causadas por vírus e bactérias.
Mas por que a vacina é tão eficaz e imprescindível para uma vida saudável de um bebê, por exemplo? Muito simples. A vacina é feita com os próprios microrganismos que causam as doenças, porém sem poderes de ataque. Com isso, a pessoa passa a ter anticorpos já conhecidos das doenças, facilitando na queda-de-braço com a enfermidade.
A vacina inibe o desenvolvimento da doença, pois forma anticorpos contra ela, mesmo se entrar em contato com o microorganismo “forte” da doença.
Portanto, vacinar seu filho é mais que uma questão de preocupação com a saúde do pequeno. É uma forma de demonstrar amor e proteção. Só dessa forma ele estará protegido contra doenças que nem sempre têm cura. Todos os anos, 3 milhões de vidas são salvas por causa das vacinas.
Quer mais vantagens da vacina? - As vacinas são mais eficazes no controle das doenças do que a medicação usada para a cura, além de serem um método mais barato para controle da saúde pública.
Outro ponto importante das vacinas é fazer com que os microorganismos não fiquem resistentes aos antibióticos. Quanto maior o uso das vacinas, menor o número de casos de doenças, menor a quantidade de antibiótico usada e, assim, menor o número de microorganismos mutantes resistentes ao remédio.
Lembre-se, mamãe: por mais importante que seja a vacina, nunca deixe de levar seu filho a um pediatra. O médico do seu filho é o profissional mais aconselhado para indicar quando e qual vacina aplicar.
Toda criança precisa de “vacina” de carinho eterno. Por isso, pais, sigam rigorosamente o calendário de vacinação e não percam datas importantes de vacinação. Seu filho merece ter saúde para viver feliz!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

O QUE É AUTISMO?


O autismo é uma alteração cerebral, uma desordem que compromete o desenvolvimento psiconeurológico e afeta a capacidade da pessoa se comunicar, compreender e falar, afeta seu convívio social.
O autismo infantil é um transtorno do desenvolvimento que manifesta-se antes dos 3 anos de idade, e é mais comum em meninos que em meninas e não necessariamente é acompanhado de retardo mental pois existem casos de crianças que apresentam inteligência e fala intactas.
Existe também o Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID) que difere do autismo infantil por evidenciar-se somente depois dos 3 anos de idade, referir-se a um desenvolvimento anormal e prejudicado e não preencher todos os critérios de diagnóstico. O autismo atípico surge mais freqüentemente em indivíduos com deficiência mental profunda e em indivíduos com um grave transtorno específico do desenvolvimento da recepção da linguagem.
Por ainda não ter uma causa específica definida, é chamado de Síndrome (=conjunto de sintomas) e como em qualquer síndrome o grau de comprometimento pode variar do mais severo ao mais brando e atinge todas as classes sociais, em todo o mundo.
Leo Karnner foi o primeiro a classificar o autismo em 1943, logo após em 1944 Hans Asperger pesquisou e classificou a Síndrome de Asperger, um dos espectros mais conhecidos do Autismo.

HISTÓRIA - CONCEITO DO AUTISMO
Leo Kanner ( Psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Nascido em 13 de junho de 1894, em Klekotow, Áustria e falecido em 4 de abril de 1981 ) em 1943 publicou a obra que associou seu nome ao autismo "Autistic disturbances of affective contact", na revista Nervous Childrennúmero 2, páginas 217-250. Nela estudou e descreveu a condição de 11 crianças consideradas especiais, que tinham em comum "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da rotina", denominando-as de "autistas".
Já existiram muitos questionamentos e hipóteses sobre origem do autismo. Uma delas era de que os pais poderiam ser culpados pelo extremo isolamento da criança, Então 1969 durante a primeira assembleia da National Society for Autistic Children (hoje Autism Society of America - ASA) , Leo Kanner absolve publicamente os pais de serem a causa do desenvolvimento da síndrome autística em seus filhos. Ele continuou a ocupar-se de crianças com autismo por muito tempo, por isso voltou a sua primeira hipótese de que o autismo é um distúrbio inato do desenvolvimento.
Em 1972 nos Estados Unidos é reconhecido o programa TEACCH – The Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handicapped Children ( em português: Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Déficits Relacionados com a Comunicação) criado por Eric Schopler Professor de psicologia e diretor desse programa da Universidade da Carolina do Norte até 1994. Um dos pontos principais desse método é a colaboração entre equipe educadora e a família.
A partir de 1980 com a 3ª edicão do Manual Diagnóstico e Estatístico (DSM III) é introduzido o capitulo dedicado a Distúrbio Generalizado do Desenvolvimento no qual o autismo passa a estar.

SINTOMAS COMUNS
Conforme - ASA ( Autism Society of American). A maioria dos sintomas está presente nos primeiros anos de vida da criança variando em intensidade de mais severo a mais brando.
1. Dificuldade de relacionamento com outras crianças
2. Riso inapropriado
3. Pouco ou nenhum contato visual
4. Não quer ser tocado
5. Isolamento; modos arredios
6. Gira objetos
7. Cheira ou lambe os brinquedos, Inapropriada fixação em objetos
8. Perceptível hiperatividade ou extrema inatividade
9. Ausência de resposta aos métodos normais de ensino
10. Aparente insensibilidade à dor
11. Acessos de raiva - demonstra extrema aflição sem razão aparente
12. Procedimento com poses bizarras (fixar objeto ficando de cócoras; colocar-se de pé numa perna só; impedir a passagem por uma porta, somente liberando-a após tocar de uma determina maneira os alisares)
13. Ecolalia (repete palavras ou frases em lugar da linguagem normal)
14. Insistência em repetição, resistência à mudança de rotina
15. Age como se estivesse surdo
16. Dificuldade de comunicação em expressar necessidades - usa gesticular e apontar no lugar de palavras
17. Não tem real noção do perigo
18. Irregular habilidade motora - pode não querer chutar uma bola, mas pode arrumar blocos

COMPORTAMENTOS DO INDIVÍDUO COM AUTISMO
(Segundo a ASA)
USA AS PESSOAS COMO FERRAMENTASRESISTE A MUDANÇAS DE ROTINANÃO SE MISTURA COM OUTRAS CRIANÇASAPEGO NÃO APROPRIADO A OBJETOS
NÃO MANTÉM CONTATO VISUALAGE COMO SE FOSSE SURDORESISTE AO APRENDIZADONÃO DEMONSTRA MEDO DE PERIGOS
RISOS E MOVIMENTOS NÃO APROPRIADOSRESISTE AO CONTATO FÍSICOACENTUADA HIPERATIVIDADE FÍSICAGIRA OBJETOS DE MANEIRA BIZARRA E PECULIAR
ÀS VEZES É AGRESSIVO E DESTRUTIVOMODO E COMPORTAMENTO INDIFERENTE E ARREDIO
ALGUNS ESPECTROS DO AUTISMO
Ao conjunto de determinadas variações, chamamos de Espectro do Autismo, pois somam-se as características autísticas, outras específicas de cada grupo de outros sintomas.
Distúrbio Abrangente do Desenvolvimento
Autism - High Functioning, Asperger's Syndrome, PDD, PDD-NOS.\
CAUSAS DO AUTISMO
A causa específica, ainda é desconhecida mais há várias suspeitas de que pode compreender alguns desses fatores:
  • Influência Genética
  • Vírus
  • Toxinas e poluição.
  • desordenes metabólicos
  • Intolerância inmunologica
  • Infecções virais e grandes doses de antibioticos nos primeiros 3 anos.
SOBRE METAIS PESADOS - Uma das possíveis causas
Os seres vivos necessitam de pequenas quantidades de alguns desses metais, incluindo cobalto, cobre, manganês, molibdênio, vanádio, estrôncio, e zinco, para a realização de funções vitais no organismo. Porém níveis excessivos desses elementos podem ser extremamente tóxicos. Outros metais pesados como o chumbo e cádmio e o mercúrio já citado antes, não possuem nenhuma função dentro dos organismos e a sua acumulação pode provocar graves doenças, sobretudo nos mamíferos.
Quando lançados como resíduos industriais, na água, no solo ou no ar, esses elementos podem ser absorvidos pelos vegetais e animais das proximidades, provocando graves intoxicações ao longo da cadeia alimentar.
A ingestão, inalação ou absorção pela pele, de metais pesados ou substâncias que componham o mesmo, pode resultar em situações como o autismo, atraso mental, doenças, cansaço ou o sindrome do Golfo.
Porém ainda que sendo apenas uma hipotése , ela não deixa de ter boas bases científicas e hoje os laboratórios começam a abandonar o uso do mercúrio como conservante, em parte devido à pressão da opinião pública.
Mesmo que esse seja o motivo para o autismo não é o único. Existem diversas substâncias que estamos  acostumados de certo modo e algumas nos são impostas no convívio social como tabaco e poluição (sobretudo os gases de escape dos automóveis e fábricas), álcool, vemos que estamos vivendo num mundo demasiado poluído e que pode agravar toda esta situação.
A Medicina Alternatica Complementar (CAM), portanto, pode ajudar pessoas com autismo. Ao verificar qual foi o dano causado no organismo (seja no sistema imunológico, alergias ou outros problemas) e trabalhar na busca de uma solução, existem dietas, tratamentos farmacológicos e terapias que em conjunto podem auxiliar a solucionar ou amenizar situações graves. E todo e qualquer tratamento iniciado precocemente terá melhores resultados.
FONTE: http://www.autismoinfantil.com.br/o-que-e-o-autismo.html. Acesso em 01 de junho de 2013.


segunda-feira, 27 de maio de 2013

ATIVIDADE FÍSICA PARA CRIANÇAS

Vivemos num mundo conturbado e moderno, onde os jogos eletrônicos ocuparam o lugar das longas horas de conversa com nossos avós que contavam suas histórias, das brincadeiras na rua, de roda, pega-pega, esconde-esconde, onde o correr, o brincar, o viver eram mais valorizados.
É necessário resgatar essa vivência, dando a oportunidade de nossas crianças praticarem atividades físicas prazerosas e de muito movimento.
Na infância a criança precisa correr, saltar, andar, rolar, gritar, subir, lançar, etc. Desta maneira ela consegue extravasar suas angústias, torna-se mais feliz, comunicativa, disposta, sem falar no bem que está fazendo para a própria saúde evitando doenças como a obesidade, diabetes, osteoporose, dislipidemias, doenças pulmonares crônicas, asma, depressão, ansiedade, diminuindo o risco de aterosclerose e suas conseqüências como angina, infarto do miocárdio, doença vascular cerebral entre outras.
Pensando nisso é importantíssimo que haja incentivo para as crianças praticarem esporte, não de maneira obrigatória nem sequer em caráter competitivo, mas algo gostoso, com duração de 30 minutos em cinco dias semanais podendo chegar até ser praticado diariamente, sendo que o ideal é que se mantenha uma regularidade na vida da criança.
Há atividades físicas para todos os gostos e faixas etárias. Mas a atividade nunca deve ser imposta pelos pais e sim o que a criança deseja. Conheçam algumas modalidades esportivas e tire o máximo de proveito.
Nataçãomelhora a capacidade respiratória, o tônus muscular, o equilíbrio, a força, a coordenação motora, a velocidade e desenvolve habilidades psicomotoras como a lateralidade, percepções auditivas, visual e tátil, sociabilidade e confiança.
Indicado a partir dos 6 meses de vida. Costumamos dizer que é um esporte completo pois aumenta a resistência do organismo ajudando na prevenção e recuperação de doenças como asma, bronquite e até problemas ortopédicos.
Futebol: desenvolve senso de direção, coordenação motora, habilidades psicomotoras como a lateralidade, noções de espaço, tempo e ritmo, sociabilidade e confiança, entre outras. A idade exata para iniciar deve ser aquela na qual se tem a capacidade e amadurecimento para tal. Pode ser a partir dos 4 anos e nunca deve ser forçado. Normalmente quando a criança é do sexo masculino os pais dão como o primeiro brinquedo uma bola, esperançosos que seus filhos tornem-se craques, o que na grande maioria não acontece.
Balé: atividade física que desenvolve lateralidade, noção de espaço, ritmo e tempo, coordenação motora, agilidade, elegância, leveza, flexibilidade, sociabilidade, tônus muscular, equilíbrio, força, entre outras. Inicia-se nesta modalidade esportiva geralmente por volta dos 2 a 3 anos de idade, o que encanta os adultos pela graciosidade dos movimentos dos pequeninos.
Ginástica: melhora força muscular, tônus, equilíbrio, velocidade, habilidades psicomotoras como lateralidade, noções de espaço, tempo e ritmo, aumenta a resistência do organismo, desenvolve senso de direção e coordenação. Indicado a partir de 6 anos quando a criança já está com seu desenvolvimento corporal mais adiantado.
Artes marciais - visam desenvolver na criança o caráter e a disciplina.
Judô: tipo de arte marcial que desenvolve respeito pelo próximo, disciplina, equilíbrio, habilidade, velocidade, agilidade, lateralidade, noção de espaço e tempo, coordenação motora, ajudando crianças com dificuldades de ganho de massa muscular desenvolvendo a força e a mente. Indicado a partir de 4 anos.
Atletismo: modalidade que envolve vários movimentos como correr, saltar, lançar, entre outros. Para iniciar esta modalidade nas crianças devemos utilizar jogos de pegador para incentivar as corridas, para os saltos atividades recreativas capazes de projetar o corpo ora verticalmente ora horizontalmente, já para os arremessos e lançamentos pode-se utilizar jogos pré-desportivos que envolvam materiais com texturas e formas diferentes.
Corrida: desenvolve agilidade, coordenação motora, velocidade, noção de tempo, ritmo e espaço, colaboração com os companheiros, sociabilidade, força, confiança. A iniciação não tem uma idade específica pois a criança já corre e pula desde pequena, mas o contato com um treinamento mais regrado normalmente ocorre já na vida escolar.
O que é importante os pais saberem é que o esporte contribui para o processo de desenvolvimento se considerado como atividade recreativa e iniciados no tempo apropriado.
Qualquer que seja o esporte a ser praticado, ele pode ser realizado por meninos e meninas. O preconceito com o sexo em determinados esportes está na cabeça dos pais e deve acabar, é importante deixar a criança escolher e ter liberdade de fazer o esporte que mais gosta e se sente bem.
Atividade física acima de tudo é prazer e somente fazendo o que se gosta é que se consegue estímulo para continuar a sua prática.
Fontes Consultadas:
Revista Educação Física
Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil
www.scielo.br
Por:
Vanessa Salvador Marietto
CREF 020396-G/SP

segunda-feira, 20 de maio de 2013

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA AS CRIANÇAS


Uma alimentação saudável é essencial em todas as fases de nossa vida, mas em cada uma delas a alimentação tem uma importância diferente. Quando somos crianças, nossa alimentação é voltada para o crescimento de nossos ossos, pele, músculos e órgãos. Nessa fase brincamos, pulamos, aprendemos a ler e a escrever, entre várias outras coisas, por isso uma alimentação balanceada é imprescindível, pois precisamos de energia necessária para todas essas atividades. É também nessa época da vida que formamos nossos hábitos alimentares, ou seja, que “aprendemos” a gostar ou não de certos alimentos.
A escola tem extrema importância na formação dos hábitos alimentares de seus alunos, e a partir de aulas de culinária o professor pode apresentar vários alimentos às crianças. Com receitas que envolvam alimentos saudáveis, professores e alunos podem provar vários pratos que eles mesmos prepararam. Dessa forma, além de despertar o espírito de equipe nas crianças, ainda desperta sua curiosidade para provar alimentos novos.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia

FONTE:
http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/estimulando-uma-alimentacao-saudavel-entre-as-criancas.htm. Acesso em 20 de maio de 2013.



Uma alimentação saudável é fator indispensável para a saúde.


Não existe nenhum alimento que, sozinho contenha todos os nutrientes necessários ao organismo. 
Devemos escolher alimentos de grupos alimentares diferentes para termos uma refeição completa e nutritiva.
A pirâmide alimentar é um instrumento útil na educação nutricional das crianças, pois visa uma alimentação saudável e equilibrada através dos grupos alimentares.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

LIMITES

LIMITE: Eis aqui um assunto que permite várias ponderações, pois afeta deste o ponto de vista cultural, social, financeiro até o emocional. Tão difícil e tão fácil. Tão pessoal e tão abrangente. Como lidar com esta questão?


Necessidades de Limites
Os limites tem a função de ensinar à criança o que é e o que não é permitido. Sobretudo, tem também a função de dar proteção e segurança. A função protetora dos limites não se restringem apenas aos limites colocados com o objetivo de evitar situações de perigo ou risco (“Cuidado com a panela, o fogo está aceso!”). Abrange algo bem mais amplo, tal como proteger a criança contra o excesso de sentimento de culpa ou remorso, quando percebe que na realidade nos atacou, nos machucou ou destruiu alguma coisa importante para nós. Por isso, é necessário impedir os ataques físicos da criança, embora se possam reconhecer seus sentimentos (“Sei que você está com muita raiva de mim, mas não vou deixar você me dar um soco”). Quando a criança sente raiva ou ódio com muita intensidade, fica difícil, na maioria das vezes frear-se sozinha. Precisa de nossa ajuda no sentido de canalizar a expressão desses sentimentos, de modo não destrutivo. E essa ajuda significa firmeza e a segurança de limites bem colocados. Com muita freqüência a criança testa a consistência e a firmeza dos limites, usando várias manobras que variam desde o franco desafio até a sedução. 

Em torno do 1º ano, as crianças não tem controle interno de espécie alguma, por isso, o impulso e a tentação são fortes demais e ela não consegue aceitar e respeitar os limites. Pouco a pouco, vai aumentando a capacidade de controlar os impulsos e resistir às tentações e, concomitantemente, fica maior a possibilidade de internalizar os limites.

Vemos, por exemplo, a criança entrar na fase em que diz para ela mesma “não”, para logo em seguida mexer na planta, ou então dar uma olhadinha de curiosidade e de desafio para os pais, para logo depois pegar na planta. Posteriormente, quando há um amiguinho por perto que também quer mexer na planta, a criança atua como um verdadeiro censor que proíbe autoritariamente: “não, na planta não!”, para logo depois ela mesma mexer. Há o período em que, na presença dos pais, a criança já consegue controlar-se, mas o censor interno não é muito fidedigno e basta apenas que os pais virem as costas para que o controle pare de funcionar. Finalmente, a internalização se consolida melhor, e a criança pode mais facilmente resistir a tentação de mexer onde não pode.

Surpreendentemente, limite também é uma demonstração de amor, e a criança percebe esse particular. É como se ela pensasse “se sou cuidada sou amada”. Essa sensação é que dá segurança à criança e propicia seu desenvolvimento.

FONTE: http://queridadocencia.blogspot.com.br/2011/07/o-significado-de-limites-na-educacao.html. Acesso em 24 de abril de 2013.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

CHEGA DE CHORO!


Lidar com manhas, berros e escândalos das crianças pode ser bastante desgastante. Ainda mais quando a cena acontece em público e você, com toda serenidade e paciência do mundo, tenta contornar a situação da melhor maneira possível. Essa birra tem motivo. “São maneiras de chamar a atenção para aquilo que elas querem. Os pequenos demonstram suas vontades e o que estão sentindo através desse tipo de comportamento” explica a psicóloga infantil Priscila Gasparini Fernandes.

De acordo com a profissional, a chamada birra ocorre de meses até os seis anos de idade. “Isso depende muito da família, de como vai lidar com essa conduta. Se os pais não souberem dar limites para que isso tenha um fim, o problema pode perdurar e impulsionar aquela criança a ser problemática na escola”. Ao abrir o berreiro, o pequeno tende a se jogar no chão, chorar. “Eles tentam manipular o adulto para que consigam o objeto de desejo deles. Então vai muito dos pais serem firmes para que não cedam aos apelos”, diz. 

O problema também pode ter relação com a carência que os filhos sentem dos pais, principalmente daqueles que trabalham o dia inteiro e não têm tempo de dar atenção. Priscila conta que antigamente não se via muitos casos de pais reclamando, afinal, as mulheres ficavam mais em casa cuidando das crianças. "E se ela aprender que o choro faz com que chame a atenção, vai usar sempre desse artifício”.

 
O cuidado na hora de dizer não
Pais que sabem dizer “não” e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos. “Falou um 'não', tem que cumprir. As crianças que são criadas em ambientes com essas regras firmes tendem a sair da birra muito mais cedo, porque elas vêem que a manha não funciona”, diz a psicóloga.


O que fazer diante do problema?
“O ideal nessa hora é conversar. Se estiver fazendo um passeio, deixe claro as regras antes de sair de casa. E se depois disso a criança no meio desse passeio fizer alguma coisa, o ideal é voltar para casa. O filho precisa entender que ele perde aquilo que seria o objeto de desejo. Isso funciona porque ele vê que perde, e aí, começa a distinguir esse tipo de comportamento”.
Priscila ainda afirma que os pais precisam ensinar aos filhos que a vida tem limites. “Do contrário, vão ser aqueles adolescentes revoltados, que não aceitam receber ordens de nada, de escola, de superiores. Até no trabalho são profissionais que se tornam problemáticos”.

A opinião da especialista sobre pais que colocam crianças de castigo
“Sou contra ao castigo por si só, porque a criança não tem o poder de discernimento quando o adulto diz, por exemplo, para ela pensar sobre aquilo que fez de errado. Se os pais acharem por bem colocar o filho sem assistir TV por dez minutos para ela sentir uma restrição, tudo bem. Essa é uma maneira dela sentir que teve um comportamento inadequado e que de alguma maneira teve uma punição”.
Aurora Aguiar

segunda-feira, 25 de março de 2013

MENTIRAS OU HISTÓRIAS INVENTADAS?



“-John, o que você está comendo? 
- Nada, mãe. 
- Por que o saco de confete está vazio? Você comeu? 
- Não, não comi nada.”
E John, de apenas três anos, teria se saído muito bem se não fosse seu rosto estar completamente sujo de confetes. 

Em uma enquete nas nossas redes sociais, 93% dos leitores revelaram que os filhos já inventaram alguma história, seja derivada de uma fantasia ou para escapar de um castigo. E antes de pensar em como agir, é importante saber que a mentira evoluí conforme a idade da criança. Confira as dicas de Bruno Jardini Mader, psicólogo infantil do Hospital Pequeno Príncipe, para lidar da melhor maneira com essa situação: 
A partir dos 2 anos 
A mentira começa junto com a possibilidade de organizar pensamentos, por isso, a partir do segundo ano de vida, a criança já usa a imaginação com esse fim, o que pode ser confundido com fantasia. “A mentira é denominada assim por adultos, mas crianças nessa idade usam a narrativa inventada muitas vezes sem saber que aquilo não corresponde à realidade. Se ela faz uma coisa errada e nega para os adultos, por exemplo, o que ela está falando é que queria que aquilo não tivesse acontecido. Não dá para chamar de mentira propriamente dita, porque dificilmente há juízo de valor”, explica o psicólogo.
Por isso, os pais podem se sentir desconfortáveis em chamar a atenção da criança. É compreensível, mas pouco eficiente.Ter uma postura omissa dificilmente vai ajudar a criança a entender que existem limites entre a realidade e a fantasia. Para driblar esse tipo de mentira e ajudar seu filho a compreendê-la, a dica do especialista é “trazer a situação para o concreto”. Se a criança quebrou um vaso e nega, por exemplo, os pais podem explicar que aquela peça tinha a função dela dentro do ambiente da casa e que agora que quebrou, as flores vão ficar sem lugar para ficar. Faça a criança entender as consequências de seus atos.
A partir dos 6 anos
Aqui a criança já tem o pensamento mais estruturado. É a idade em que começa a alfabetização, a compreensão de símbolos e códigos socialmente aceitáveis. Ela já começa a ter boa noção de certo e errado e, muitas vezes, recorre à mentira para escapar de uma punição que considera mais severa. É a fase em que ela também começa a desenvolver certa malandragem e malícia. 

A dica aqui é perceber o contexto em que a criança mentiu. “Se os pais conseguem perceber mentiras constantes, medidas punitivas não são ruins, desde a criança entenda o porquê está sendo punida. A família pode mostrar que aquilo atinge a moral, explicar que esse tipo de comportamento pode trazer prejuízos para as pessoas, como deixá-las tristes, por exemplo”, diz Mader. 

Outra dica é não deixar que a mentira se torne algo sem consequências, em que a criança faz, os pais chamam a atenção e tudo fica por isso mesmo. “Os pais precisam perceber que a honestidade é uma coisa a ser desenvolvida na criança e até mesmo nos próprios pais. Coisas erradas precisam ser lembradas e explicadas até que aquilo entre na cabeça das crianças”, explica o psicólogo. 

Mas, na hora de chamar a atenção: cuidado. Se omissão diante da mentira é ruim, o autoritarismo puro também não contribui muito para a educação, uma vez que não exige uma auto-reflexão e pode, entre outras coisas, inibir a imaginação, que é sempre necessária para um desenvolvimento saudável do cérebro. Seja firme, mas demonstre empatia, mostre que compreende que seu filho não teve a intenção de fazer algo ruim e explique que às vezes nossas atitudes ser ruins para outras pessoas e que é por isso que devemos pensar antes de agir ou falar. 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

AI, NÃO MORDE QUE EU NÃO SOU PIZZA!!!


Imagem retirada do site da revista crescer

A Mordida na educação infantil


Nos primeiros anos de vida, o principal contato da criança com o mundo exterior, acontece na forma oral, no primeiro ano, o ato de sugar o seio que é fonte de alimento e prazer, é também uma forma de interagir com o mundo (choro/balbucio), mesmo após os primeiros aprendizados da língua oral, a criança continua usando a boca, como forma de explorar e descobrir o mundo. Este ato, se relaciona à fonte de libido, mas não está relacionada ao libido de forma erótica, mas sim como prazer e exploração do mundo, quando morde, a criança não busca provocar a dor intencionalmente, embora o ato de morder seja prazeroso, ela está apenas explorando o meio, seus limites e o outro. Sigmund Freud (1856-1939), diz que a criança experimenta o mundo (e o outro) através da forma oral, para ele, o prazer de morder está relacionado com o uso do instrumento que a criança melhor domina, a boca. Com isso, a boca vai ganhando novas funções, da nutrição, vem o choro, para expressar e conseguir mais rapidamente, a atenção que deseja, após os balbucios e as primeiras palavras, a mordida vem como uma forma rápida de manifestar o que deseja.
Não há educador que não tenha vivenciado esta fase, pois embora cause estranheza e medo aos pais e seja um estresse na rotina diária do professor, este comportamento não é anormal e encontra suas justificativas, dentro das características do desenvolvimento infantil.
Segundo D’Andrea, a fase oral é dividida em duas etapas, a de sucção e a de mordida.
Na fase da mordida “há uma tendência a destruir, morder, triturar o objeto antes de incorporá-lo”. Essa fase é dividida em duas características principais, sendo oral receptiva, quando o sujeito não passa por privações, tornando-se uma pessoa muito generosa e oral agressiva que aparece uma “tendência a odiar e destruir, a ter ciúmes da atenção que outros recebem, a nunca estar satisfeito com o que tem e a desejar que os outros não tenham algumas coisas, mesmo que não as queira para si”.


QUANDO A MORDIDA É NORMAL E QUANDO DEIXA DE SER?

Henri Wallon (1879-1962), diz que a criança está testando os limites do próprio corpo, formando sua personalidade individual, quando morde, ela está elaborando seu “eu corporal”, ou seja, descobrindo onde acaba seu próprio corpo e onde começa o do outro.
Até os quatro anos, a mordida é considerada normal, como forma de expressar-se e até lidar com frustrações, crianças em adaptação na escola ou crianças ciumentas que recebem um coleguinha novo, podem morder para expressar sentimentos. A criança ainda não consegue verbalizar seus anseios como, “estou com ciúmes” ou “quero ir para casa”, pode fazer uso da mordida para expressar seus medos.
Crianças sensíveis a frustração, quando contrariadas por um colega, durante uma disputa por brinquedo ou a recusa do educador a permitir que faça algo, podem morder como forma de expressar raiva.
Após os 3 anos, quando a criança já é capaz de expressar oralmente o que sente e já entende com clareza que morder provoca dor e machuca, é preciso buscar uma ajuda especializada, como forma de controlar este comportamento, caso ele persista.
Ao identificar qual a razão que leva a criança a morder, cabe ao educador interferir, buscando sanar o problema, seja dando atenção e um colinho para quem mais precisa, seja negociando brinquedos e intermediando disputas.

E COMO AGIR?

Seja firme, diga que não foi legal, que o amigo agora está sofrendo e chorando, pois morder machuca. Não estenda o “sermão”, seja breve;
Leve a criança que mordeu, para prestar atendimento ao colega que foi vítima, durante este momento, chame a atenção para o fato do colega estar chateado e com dor;
Algumas crianças que mordem mais frequentemente, devem permanecer sempre próximas ao educador, para que o mesmo possa interferir de forma rápida, evitando novas investidas;
Explique que na boca, mastigamos pizza, bolo, arroz, feijão, que o colega não é comida, é amigo e devemos acariciar;
Elogie bastante, a cada demonstração de carinho e verbalizações orais;
Converse com os pais, explique como aconteceu, fique mais atenta para que não se repita, mas não deixe de orientar que esta ação faz parte do desenvolvimento infantil;
Avise aos pais da criança que mordeu sobre o fato e comunique os familiares da criança que foi mordida, mas jamais, divulgue o nome da criança que mordeu, para evitar a criação de rótulos e até o mal estar entre as famílias;
Em alguns casos, pais de crianças que mordem, costumam brincar usando a boca e até dando pequenas mordiscadas na criança, explique que o filho pode estar repetindo o gesto, mas por não ter noção da sua força, acaba passando dos limites;
Tome bastante cuidado, pois mordida “pega”, muitas vezes, os familiares da criança mordida ficam tão indignados, que chegam a recomendar que a criança faça igual ou mesmo, a própria criança pode achar que esta é uma forma eficaz de resolver seus conflitos;
Lembre-se: O isolamento não ensina, pois só a convivência vai educar. Separe a criança do grupo somente quando precisar prestar atenção em outras coisas como preencher uma agenda ou trocar uma criança, no restante do tempo “olho vivo e pernas rápidas”;
Aprenda a identificar o contexto no qual a criança costuma reagir mordendo, desta forma, antecipe-se e fique junto, mediando a relação e orientando a criança a agir de forma correta;
Não permita que a criança usufrua do brinquedo ou do colinho, que conquistou na base da mordida, estimule também, o pedido de desculpas;
Se você vai fazer uso de alguma medida punitiva como afastar a criança do grupo por alguns instantes, antes combine e previna a criança;
Não deixe que criem rótulos como nesta turminha tem "tubarão", ou fulano é um mordedor, oriente os pais com segurança e informe-os sobre as características do desenvolvimento infantil. Antecipe-se ao problema.

Querida Profe, embora estressante e bastante tumultuada, esta fase é passageira, a criança quando bem amparada e orientada, aprende a se relacionar da forma correta. Não esqueça que tudo na vida dos pequenos é constante aprendizado. Se conduzirmos de forma firme, mas afetiva, estes comportamentos se transformam em uma relação saudável. Leia bastante sobre as características da sua faixa etária e observe o seu grupo de crianças, investigando a ação das crianças e seu comportamento diante de algumas situações do cotidiano, é possível antecipar a reação dos pequenos, evitando este confronto mais direto.


Márcia O. Soares
Orientadora Pedagógica

Crianças que gostam de morder
Morder é uma forma de a criança expressar insatisfação. Os pais devem conter essa atitude.
Redação Crescer

Você tem um pequeno mordedor em casa, acalme-se. A mordida é uma das formas que as crianças têm de demonstrar insatisfação. Também costumam empurrar ou jogar objetos longe. Isso tudo é esperado em uma fase de comunicação rudimentar, enquanto a criança não consegue se expressar bem com palavras. Acrescente-se a isso impulsividade. As emoções ainda não estão sob controle. E a combinação dá muitas vezes em uma mistura explosiva.
Quando a criança dessa idade quer algo e o objeto desejado está na mão de outro, entra em disputa. "Como tem urgência em resolver a questão, ela reage com a parte do corpo que tem mais coordenação, que é a boca, região que usa intensamente desde o nascimento", explica a psicóloga Lúcia Franco da Silva, da Faculdade de Psicologia da PUC-SP.

Falar mil vezes

As dentadas podem começar tanto em casa quanto na escola. Os pais precisam refrear as mordidas para que não se tornem um hábito. Além de conter a reação agressiva, os pais precisam ser coerentes. "Se uma hora deixam porque acham engraçadinho e em outra reprimem, o filho fica sem saber como agir", alerta Lúcia Franco.
Para a pediatra Sandra Oliveira Campos, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), as únicas crianças que se mantêm mordedoras são aquelas com algum problema no desenvolvimento. Então, não resta outro jeito senão a repetição das regras. É cansativo, mas todos só têm a ganhar. "Ao dizer que dói, por isso o amigo chora, você chama a atenção do filho para um valor muito importante, que é o respeito pelo outro", orienta a médica.

Agressor e agredido

Os pais dos mordedores costumam ser mais relaxados do que aqueles que enxergam no corpo do filho dentadas alheias, segundo a pediatra Sandra. Se você está entre o grupo dos filhos mordidos, também relaxe. Quando a criança começa a viver em grupo, acaba descobrindo como se defender e se impor entre os coleguinhas. E uma hora ela vai avisar ao amigo mordedor que não gostou e não quer ser mordida de novo. Nunca incentive seu filho a revidar. "Os pais jamais devem estimular a agressão", ensina Sandra.